Design de Comunicação

-Módulo 4-
Aula de projecto 1

Na primeira aula, deste novo módulo, os professores começaram por explicar o que íamos tratar nesta tecnologia : Design de Comunicação. Informaram a turma relativamente à forma como íamos desenvolver a resposta ao desafio e depois traduzi-lo em três vertentes diferentes: Capa, Poesia visual e Montagem.


Apresento em seguida, de forma esquemática, o trabalho em que consiste este 4 módulo, dividido por etapas, apresento também os pontos cruciais que devem constar em cada uma das etapas:

Capa:
    -Imagem
    -Título
    -Frase
    -Autor

Paginação
    -Estrutra da página tipo (Textos + imagens)

Poesia Visual
    -Desenho (com carga poética)
    -Texto (com carga poética)

Montagem
    -Imagens
    -Frase(s)/título

Após a explicação em relativa ao que seria tratado durante a segunda fase do segundo período, os professores lançaram o desafio.
Como já referi, devido à natureza da tecnologia em que nos encontramos, a resposta ao desafio será tratada em três vertentes que correspondem a três das etapas da disciplina.

Desafio

Tema – “A Metamorfose” de Franz Kafka
(…) Mas na porta do outro lado a irmã lamentava-se, baixinho: «Gregor, não te sentes bem? Precisas de alguma coisa?» Gregor respondeu para ambos os lados «Já vou, já vou!», apurando a pronúncia e fazendo longas pausas entre as palavras, esforçando-se assim por não dar a perceber nada de diferente na voz. O pai voltou, de facto, para o pequeno-almoço, mas a irmã sussurrou: «Gregor, abre a porta, por favor!» Mas Gregor nem pensava em abrir, antes dava graças a Deus por ter ganho nas suas viagens aquele hábito de fechar todas as portas à noite, também em casa. (…)” (“A Metamorfose”, Franz Kafka)
Etapas do Trabalho

1.     DesafioTu, ao contrário de Gregor, vais abrir todas as portas …o que encontras por detrás de cada uma delas?
Este novo desafio irá ser traduzido na criação de uma publicação ilustrativa do trabalho por ti desenvolvido nos três módulos leccionados até à data nesta disciplina, prevendo igualmente a integração do trabalho que irás realizar nos outros módulos pelos quais irás passar. Esta publicação deverá incluir a construção de uma capa, e o seu conteúdo irá ser constituído pelos textos e imagens mais significativos do teu percurso ao longo dos três módulos, de acordo com um trabalho de paginação a ensaiar nas aulas da componente de projecto.
Neste módulo irás também realizar dois trabalhos a integrar na publicação em causa, uma poesia visual e uma montagem que poderá ser feita a partir de imagens, desenhos e pinturas, sendo obrigatória a integração de textos ou frases da tua autoria relacionadas com o conceito que irás definir, no quadro de transmissão das mensagens que entendas apresentar.
2.     Conceito – regista as tuas ideias por meio de um texto.
3.     Referenciais a utilizar na exploração do conceito – explicita os teus referenciais (trechos do livro de Franz Kafka, textos de autores vários que abordem o tema da metamorfose, ou o deste novo desafio em sentido lato, imagens, desenhos).
4.     Pesquisa – realiza uma investigação sobre a produção ao nível do Design de Comunicação, preferencialmente relacionada com o tema. Observa e regista capas de publicações, diferentes formas de paginação, montagens e poesias visuais
5.     Exploração de ideias – explora graficamente várias possibilidades de resolver os trabalhos pedidos, prestando particular atenção à conjugação dos textos com as imagens.
6.     Selecção e desenvolvimento de uma ideia – opta pela proposta que, em cada um dos trabalhos indicados, pareça mais conseguida e desenvolve-a, explorando mais possibilidades dentro do mesmo conceito. Apresenta os desenhos e textos necessários à sua plena compreensão (desenhos à mão livre, estudos com valores de claro-escuro e de cor, ensaios de paginação).
7.     Realização – a execução será levada a cabo nas sessões oficinais nas áreas em que essa execução seja pertinente.
8.     Apresentação final


Tu, ao contrário de Gregor, vais abrir as tuas portas ? O que encontras nelas?


Por detrás de cada porta, eu encontrei a verdade
Não a verdade nua e crua
Mas a verdade encantadora,
Disfarçada de feiura.

Porta I

Vestia tules e sedas
De tom claro e embaciado.
Em cada dedo tinha oferendas,
Para dar ao namorado.

Anéis em todos os dedos,
Um por cada engano,
Gozava dos que eram ledos,
Trazendo-lhes o mal profano.

Porta II

Desafiou a mentira,
Sem notória consciência,
Descarregou a sua ira
Envergando a decadência.

Em sua tenra mocidade,
Muitas vezes ouviu dizer:
Não digas sempre a verdade
Às vezes o melhor é esconder1
Mas lembra-se, sem saudade,
De comer à colher,
Os castigos por maldade
De uma mentira qualquer…

Porta III

E agora pergunto-vos eu
Há alguma coisa mais feia
Que a verdade nua e crua?
Que tristezas colhe e semeia
Na noite mais escura,
Que alegrias colhe e semeia
Nos corações de quem se orgulha.
Haverá coisa mais feia
Que a verdade nua e crua?

Note: as três portas correspondem às três vertentes do conceito, a primeira porta será expressa através da capa, a segunda através da poesia visual e a terceira através da montagem.

O Meu Conceito

“Meu deus!” pensei, “Como esta porta teve tempo para crescer tanto? Eu sou estive fora 15 minutinhos …”.
            Um grande portão de aço inoxidável barrava o meu caminho para casa, devia medir quatro vezes mais que eu e, a julgar pelo tamanho, devia pesar 10 vezes mais que eu.
            “Que aborrecido! Onde é que eu vou arranjar força suficiente para abrir um portão desses?”. Coloquei as minhas mãos na grande porta e empurrei-a usando todo o meu peso, empenhando-me para que este cedesse ao meu esforço.
            Passado pouco tempo um novo pensamento invadiu-me, detendo a minha tarefa: “Será correcto abrir um portão tão grande para apenas uma pessoa pequena passar?”. Encolhi os ombros, porque haveria o portão de se zangar? Se sou de facto, tão pequena e insignificante nunca terei poder suficiente para corromper a sua dignidade.  Além disso, pergunto-me se terá um portão dignidade. Pois, mesmo que seja um portão tão grande e de aço, e mesmo que seja de aço inoxidável, não é o aço que vai decidir se ele possui mais dignidade que uma simples portinhola por onde entra o gato.
            Finalmente, o portão deu de si e acabou por condescender à minha entrada.
            _ Mãe, cheguei!
            Nada, apenas o eco de um corredor estreito e estranhamente comprido, me respondeu, imitando a minha voz, bem como as minhas palavras.
            Segui pelo corredor até me deparar com uma porta do mais vulgar que há. Dessas portas que nos vêm logo à cabeça quando pensamos na palavra “porta”: de madeira escura e envernizada, de grande maçaneta e com uma fechadura que tem uma forma semelhante ao casamento de um círculo com um triângulo.
            Rodei o puxador e entrei de rompante:
            _ Já estou em casa!
            Mais um corredor, ainda mais estreito que o primeiro, tão estreito que me vi obrigada a percorrê-lo de lado, com as costas voltadas para uma das paredes e com o meu nariz a raspar noutra.
            A seguir, mais uma porta, mas não uma porta regular e trivial como a anterior, esta era muito pequena, mas mesmo pequenina, para a atravessar, com certeza, teria que gatinhar até ao outro lado.
Bufei de impaciência, quantas portas tinha que atravessar mais? Se o caminho se continuar a prolongar, a este ritmo, o mais provável é que no próximo corredor tenha que encolher a barriga, suster a respiração e andar de biquinhos dos pés para conseguir percorrê-lo, e ter-me-ei que arrastar por baixo de uma porta minúscula, e assim por diante, até o caminho tornar fisicamente impossível a minha passagem.
Ajoelhei-me junto da porta e abri-a devagar. Agachei-me e espreitei o seu interior, atrás dela, tecidos e seda cor-de-rosa, dançavam.
 Com uma nova certeza a morar dentro de mim, atirei-me pela passagem e mergulhei no mar de musselina transparente, sendo, imediatamente, acolhida pelo abraço d’Ela.
Permiti que Ela me tomasse o rosto nas suas mãos que, estando repletas de anéis, me magoavam a cara, mas era uma dor boa, saudável até, a dor da presença.
Contemplei o seu semblante, olhos invulgarmente grandes, nariz muito arrebitado e orelhas descomunais e cartilaginosas, constituíam as suas características mais particulares. 
A seguir, como se me tivesse lembrado do que estava ali a fazer, perguntei-lhe:
_ Onde estavas?
_ Estava na primeira porta, na segunda, na terceira … _ retorquiu com ar sonhador. _ E tu não paravas de respirar.
_ Tens razão, sou tão distraída! Não parei, eu estou a melhorar, não é verdade?
Como resposta, soltou um ronco ofendido, criticando, assim, a minha súbita presunção.
_ Perdão. _ desculpei-me. _ Viste a mãe? Não sei da maldita chave, outra vez, e, por isso, não consigo entrar em casa.
Ela ajeitou o vestido que eu havia amarrotado com a brusquidão do meu abraço e mirou-me com a sua cara de leitão queixoso:
_ Achas que sou feia? _ Questionou-me, em tom inseguro.
Eu sorri, benevolente, e beijei um dos seus múltiplos anéis.
_ Nunca a Verdade foi tão bela.

Aula de tecnologia 1

Nesta aula travamos conhecimento com os professores responsáveis pela disciplina de Design de Comunicação : Jorge Bastos (encarregado da serigrafia, que, devido ao facto de a oficina não se encontrar pronta não irá ser desenvolvida) e Sofia Machado (encarregada dos meios digitais).
Depois de cada aluno fazer a sua apresentação, individualmente, aqueles que ainda não haviam criado uma conta para usar no Servidor da escola foram fazê-la à biblioteca.
Os professores fizeram também uma pequena introdução sobre o que é o Design de Comunicação de forma a situar a turma no campo da disciplina.
Design de Comunicação é uma área que procura, através do desenho/ilustração/imagem e de textos/frases/títulos, comunicar e transmitir ideias e situações.
 Também é usado para alertar, proibir, aconselhar, informar, esclarecer, propagandear e criar consumidores. O Design de Comunicação tem como objectivo promover comportamentos de grupo, criar tendências e modas e arranjar consumidores, já que é frequentemente usado como uma ferramenta a favor do consumo e da organização de associações.
Ao contrário das outras áreas das artes, o Design de Comunicação, não pode ter conteúdos abstractos que não explicitem a sua função, e é feito por encomenda.
Quanto à estrutura do Design de Comunicação, nunca é fixa, baseia-se na criação de jogos de textos e tipos de letra chamativos (que implicam o automatismo da sua leitura) associados a "ilustrações".
No fundo, a sua principal função é transmitir uma mensagem, seja esta de que carácter for.

Semana 1

Nesta primeira semana, desenvolvi e explorei o meu conceito através da procura de referenciais. Também pesquisei no ãmbito da nova disciplina em busca de esclarecimento de algumas dúvidas em relação ao trabalho e de inspiração.

Referenciais:

-Excerto d'A Metamorfose

“ «Isto de levantar cedo», pensou «estupidifica uma pessoa. Um homem precisa de sono. Há outros comerciantes que vivem com mulheres de harém. Por exemplo, quando volto para o hotel, de manhã, para tomar nota das encomendas que tenho, esses limitam-se a sentar-se à mesa para o pequeno-almoço. Eu que tentasse sequer fazer isso com o meu patrão: era logo despedido. De qualquer maneira, era capaz de ser bom para mim, quem sabe? Se não tivesse que me aguentar, por causa dos meus pais, há muito que me teria despedido, iria ter com o patrão e dir-lhe-ia exactamente o que penso dele. Havia de cair ao comprido em cima da secretária!”
Página 11

Neste excerto do livro é expresso um desejo de Gregor: dizer o que realmente pensa do seu patrão, no entanto, dada a natureza desse pensamento, revelar a verdade poderia tornar-se algo arriscado, o que levaria a repercussões que afectariam Gregor e, por consequente, a sua família. Este é, por isso, um exemplo do quotidiano que traduz, de forma clara, a fatalidade que a verdade pode conter, o que nos leva, em muitas das vezes, optar por ocultá-la ou alterá-la.
 
-Textos


Morri pela Beleza

Morri pela Beleza - mas mal me tinha
Acomodado à Campa
Quando Alguém que morreu pela Verdade,
Da Casa do lado -

Perguntou baixinho "Por que morreste?"
"Pela Beleza", respondi -
"E eu - pela Verdade - Ambas são iguais -
E nós também, somos Irmãos", disse Ele -

E assim, como parentes próximos, uma Noite -
Falámos de uma Casa para outra -
Até que o Musgo nos chegou aos lábios -
E cobriu - os nossos nomes –

Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas"
DIABO
E trazês vós muito fato?

BRÍSIDA
O que me convém levar.
DIABO
Que é o que havês d'embarcar?

BRÍSIDA
Seiscentos virgos postiços
e três arcas de feitiços
que nom podem mais levar.

Três almários de mentir,
e cinco cofres de enleos,
e alguns furtos alheos,
assi em jóias de vestir,
guarda-roupa d'encobrir,
enfim - casa movediça;
um estrado de cortiça
com dous coxins d'encobrir.

A mor cárrega que é:
essas moças que vendia.
Daquestra mercadoria
trago eu muita, à bofé!

DIABO
Ora ponde aqui o pé...

BRÍSIDA
Hui! E eu vou pera o Paraíso!

DIABO
E quem te dixe a ti isso?

BRÍSIDA
Lá hei-de ir desta maré.

Eu sô üa mártela tal,
açoutes tenho levados
e tormentos soportados
que ninguém me foi igual.
Se fosse ò fogo infernal,
lá iria todo o mundo!
A estoutra barca, cá fundo,
me vou, que é mais real.

Barqueiro mano, meus olhos,
prancha a Brísida Vaz.

ANJO
Eu não sei quem te cá traz...

BRÍSIDA
Peço-vo-lo de giolhos!
Cuidais que trago piolhos,
anjo de Deos, minha rosa?
Eu sô aquela preciosa
que dava as moças a molhos,

a que criava as meninas
pera os cónegos da Sé...
Passai-me, por vossa fé,
meu amor, minhas boninas,
olho de perlinhas finas!
E eu som apostolada,
angelada e martelada,
e fiz cousas mui divinas.

Santa Úrsula nom converteo
tantas cachopas como eu:
todas salvas polo meu,
que nenhüa se perdeu.
E prouve Àquele do Céo
que todas acharam dono.
Cuidais que dormia eu sono?
Nem ponto se me perdeo!

ANJO
Ora vai lá embarcar,
não estês emportunando.

BRÍSIDA
Pois estou-vos eu contando
o porque me haveis de levar.

ANJO
Não cures de emportunar,
que não podes ir aqui.

BRÍSIDA
E que má-hora eu servi,
pois não me há-de aproveitar!...

Torna-se Brísida Vaz à Barca do Inferno,(…)

VICENTE, Gil in “O Auto da Barca do Inferno”, Cena VII “A Alcoviteira”

Kant defende que para agirmos moralmente temos de respeitar de forma incondicional um conjunto de algumas regras morais (deveres ditados pela nossa razão). Para Kant, essas regras morais são absolutas, são para serem respeitadas de forma incondicional, sem excepções, em todas as situações do nosso quotidiano.
Uma dessas regras é o nosso “dever de não mentir”. Para Kant, não devemos mentir em toda e qualquer situação. Mas quererei eu que este princípio de acção se aplique universalmente a todos os casos possíveis de acção? Vamos ver um caso em que é preferível mentir a dizer a verdade, ou seja, em que é moralmente mais correcto mentir a dizer a verdade, sendo o caso de termos de mentir com vista a salvarmos a vida de uma pessoa (lembre-se de que Kant admitira que não existiam excepções para a violação ou desobediência a estas regras morais).
Imagine que vai na rua e de repente vê um rapaz a correr aflito na sua direcção, entrando, logo de seguida, numa casa abandonada que se encontrava ao seu lado. Poucos segundos depois, quando retomava o seu percurso, avista um homem com uma pistola na mão que lhe pergunta de relance se viu algum rapaz a correr, percebendo de imediato, naquele momento, que o homem teria a intenção de disparar contra o rapaz e, provavelmente, de matá-lo. O que diz ao homem? Tem duas possibilidades de acção.
Uma das possibilidades é dizer a verdade ao homem, dizendo-lhe que o rapaz se encontra mesmo ali ao vosso lado, no interior da casa abandonada, sabendo que as consequências do que afirmou poderão eventualmente resultar na morte do rapaz.
A outra das possibilidades é mentir, dizendo ao homem que o rapaz seguiu em frente. Mentir? Mas isso Kant não o permitiria, diria. Exacto, não o permitiria. Mas o que é que para si é moralmente mais correcto, dizer a verdade e pôr em causa a vida de uma pessoa ou mentir e provavelmente salvar a vida de uma pessoa? De acordo com uma das formulações do imperativo categórico de Kant, como irias querer que todas as pessoas agissem quando confrontadas com essa situação:
1 – Que mentissem e não pusessem em causa a vida de um jovem
2 – Que dissessem a verdade e pusessem em causa a vida de um jovem.
Vamos colocar as duas na balança da decisão ética. Tenho a certeza de que a maioria das pessoas concordaria com a primeira das hipóteses.
É claro que Kant iria afirmar que, dizendo a verdade ou pura e simplesmente mentindo, as consequências são imprevisíveis. Portanto, o melhor é sempre dizermos a verdade, aquilo que a nossa razão nos ordena. Mas isto é absurdo, porque um caso como este põe em causa a vida de uma pessoa e, neste sentido, podemos dizer que as consequências daquilo que afirmamos poderão provavelmente resultar na morte de um jovem.
Ora, este exemplo revela que nem sempre é moralmente correcto termos de respeitar de forma incondicional as regras morais da nossa consciência racional, tal como Kant nos tinha dito. Logo, concluímos que as regras morais não são absolutas. 

RODRIGUES, Luís in “Filosofia 10ºAno”

-Imagens

 
Esta imagem representa a pureza (a verdade, o iluminismo, a razão, o direito)   que, embora seja o fim de muitos indivíduos da nossa raça , até aos nossos dias, nunca foi atingido, pelo menos de uma forma que seja aceite e tida em conta a nível universal.
Este desejo de alcançar o puro, vem desde os nossos primórdios e, com certeza, acompanhará o ser humano até à sua extinção.  
A verdade é que, grande maioria dos povos que ocupam o planeta terrestre, possui uma forte inclinação e preferência para, o chamado, “ lado positivo” das “coisas”. Assim, a maioria prefere o “bem estar” ao “mal estar”, a “paz” à “guerra”, “a liberdade” à “ditadura”, a “verdade” à “mentira” etc. Podemos considerar então que os valores que nós associamos a determinados objectos, acções, atitudes, sentimentos etc. se encontram divididos em dois pólos, o positivo (aquele que queremos alcançar ou manter na nossa proximidade) e o negativo (aquele que rejeitamos e preferimos manter longe de nós para não nos afectar).
Conservando esta ordem de ideias, a imagem seguinte é a tradução do pólo positivo, logo, da verdade, pois penso que as suas cores claras e calmantes e a transparência do líquido que escorre de forma vagarosa pelo vidro translúcido se enquadram perfeitamente  nesta perspectiva.



Michail Satarov
www.arthit.com

Esta imagem, retirada do filme “Penelope” de Mark Palansky, é a encarnação da própria verdade.
 A razão de ter escolhido para a materialização da verdade uma mulher de vestido elegante com um focinho de porco provém da seguinte do seguinte ideal: em primeiro lugar, “verdade” é uma palavra de género feminino, daí a opção pela figura feminina; em segundo lugar, o vestido é um símbolo de adorno e enfeite que é usado para o emblezamento, logo, representa também o “embelezamento” que, por vezes, nos sentimos tentados a fazer à verdade, ou seja alterá-la para a tornar mais agradável e atraente e, em terceiro lugar, o focinho de porco é uma característica que resulta da “fealdade” que a realidade nunca deixará de possuir, por outras palavras, por mais que modifiquemos a verdade, ela há-de estar sempre presente, a escolha de a revelar ou de a ocultar é nossa, cabe a cada um optar e fazer o seu juízo de valores dependendo das circunstâncias em que se encontra.




Mark Palansky
Penelope

             Esta fotografia trata-se de um referencial para os ornamentos com os quais enfeitamos a verdade. Simplesmente seleccionei-a pelo tipo de originalidade que estes anéis exibem.
Serve também para a tradução da ideia de diversidade e do leque de possibilidades a que nós nos socorremos para alterar uma realidade.



Http://vi.sualize.us/view/vanessaa/3ba601998ca874172bc500459a20f1d8/


Este retrato antigo da rainha Elizabeth I é, mais uma vez, a representação do processo de embelezamento a, que a verdade, muitas vezes é sujeita.
            Os tecidos e as rendas ataviadas e dispendiosas que veste, as jóias variadas, as pérolas e contas que trás no pescoço e entrançadas nos cabelos, os múltiplos anéis que tem nos dedos e a coroa excessivamente decorada a ouro e pedras preciosas que a sua cabeça ostenta, são formas de enfeitar que esta e outra rainhas utilizavam. Tal como nós adornamos a verdade com colares de mentiras, anéis de enganos e coroas talhadas do mais puro logro e falsidade e a vestimos com as mais belas sedas de precariedade, mas, apesar de todos estes enfeites e cuidados, a verdade nunca deixará de possuir aquela feia cara de porco.


Autor desconhecido
www.britannica.com


            Esta fotografia, trabalhada em suporte digital, é o retrato da Rainha de Copas aos olhos da fotógrafa Nathalia Suellen.
            Escolhi a Rainha de Copas como referencial devido a uma ideia que me ocorreu quando iniciei este trabalho: como é de conhecimento geral, uma frase muito repetida por esta personagem fictícia é “Cortem-lhe a cabeça!”, frase essa que, contendo um teor tétrico, me fez optar uma representação mais tenebrosa da Rainha, daí a fotografia de tons escuros.
            No entanto a escolha da Rainha de Copas como um dos meus referenciais fulcrais para o desenvolvimento do meu conceito não provém apenas da agressividade; a ideia de “cortar a cabeça” está intimamente ligada com o mentir, pois, ao cortarmos a cabeça da verdade (o focinho de porco) estamos a eliminá-la e, ao fazermos essa negação, estamos a admitir a presença da falsidade.Com esta lógica eu quero dizer que o decapitar da verdade é sinónimo da prática da mentira.
            Todos nós temos as nossas razões para esconder a verdade, às vezes para proteger alguém, por uma questão de ética, saúde, respeito ou simplesmente porque não queremos admitir erros, mas, independentemente dos fundamentos, sejam eles nobres ou nem tanto, a mentira será sempre algo errado e a renúncia da verdade é, geralmente, vista como uma atitude de covardia e infidelidade.




Nathalia Suellen
www.lady-symphonia.deviantart.com

É a verdade dentro de nós, pedindo para ser libertada, porque todos sabemos a verdade, mas nem todos sabemos com dizê-la.


Rafel OIlbinski
www.skeptisys.wordpress.com







Pesquisa

-Capas


www.balletwest.com

www.abduzeedo.com


www.oldsweetsong.com

www.soundonthesound.com


www,suzanabrams2010.files.wordpress.com


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-Paginação

www.gil-design.blogspot.com

www.forum.revistadevinhos.iol.pt

www.denisdesigns.com

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www.bestdesignoptions.com



www.bmtv-vina.com

www.maquetadores.blogspot.com

www.speckyboy.com

-Poesia Visual

José Carlos Torre
www.web.mac.com


www.calligramdesigners.blogspot.com



www.chamarteblogspotcom.blogspot.com

Joan Brossa
www.sapateirosdepalavras.blogspot.com


Guillaume Apollinaire
www.ipca.pt


www.ajourneyroundmyskull.tumblr.com

-Montagem

Matthew Dicks
www.mattdicks.blogspot.com




www.infinitoparticulardalva.blogspot.com


www.andreafacchini.com



Matthew Dicks
www.mattdicks.blogspot.com




www.sazonitos.wordpress.com




Aula de projecto 2

Exploração de ideias

Nesta aula inicaimos a exploração de ideias do nosso conceito.
Eu, especificamente, comecei pela montagem, atravez da colagem de revistas, ou seja trabalhei a terceira porta.

Apresento em seguida os resultados:


(peço desculpa mas o meu scanner não tem capacidade para digitalizar esta montagem na sua totalidade, assim a imagem apresentada encontra-se parcialmente incompleta, a última palavra é "crua")


Aula de tecnologias 2

Nesta aula os professores ensinaram-nos a trabalhar com o photoshop. 
Também nos ensinaram algumas coisas relacionadas com as cores e porque razão as imagens impressas são tão diferentes das que visionamos no ecrã do computador. Em web trabalhamos ,normalmente, com imagens de 300 dpis (nº de pixeis, cada pixel apresenta uma cor, por polegada), quanto maior o número de pixeis maior a é a resolução da imagem, logo, maior é a sua qualidade. No entanto, no geral, trabalha-se com imagens de 72 dpis.
Para explicar porque razão as cores das imagens impressas diferem tanto das imagens no computar os professores começaram por enunciar o fenómeno de luz do primas de cores na natureza,  com esse fenómeno concluímos que o branco , na natureza, é composto por 3 cores "red", "green" e "blue" , no computador podemos trabalhar com este padrão de cores : RGB. No entanto, na impressão o branco é separado em 4 cores principais que quando separadas são origem a todas as cores e quando juntas dão origem ao preto, sendo elas "cyan", "magenta", "yellow" e "black".Logo, para o computador avisar que cores não podemos imprimir trabalhamos em CMYK, já que existem cores impossíveis de reproduzir através da impressão..
 Começamos uma tarefa que nos foi proposta que consistia em fazer o nosso retrato com imagens de peixes que nós recortámos no photoshop.

Selecção e desenvolvimento de uma ideia

Semana 2

Comecei a explorar graficamente a poesia visual.


Aula de projecto 3

Visita de estudo ao Centro "Aparece", Centro de Saúde especializado para adolescentes.
Nesta visita de estudo a turma viu algumas das suas questões esclarecidas relativa à toxicodependência e à sexualidade.



Aula de tecnologias 3

 Os alunos foram dispensados uma vez que, devido a problemas técnicos, a aula não pode ser leccionada, pois os servidores da escola não se encontravam disponíveis.


Semana 3
  
Continuação da exploração da poesia visual e de capas.

Poesia visual:






Primeira proposta de Capa:



Exploração de ideias para a Capa:
















Semana 4


Exploração de ideias para a capa.


Segunda proposta de Capa:



Exploração de ideias para a Capa:






 

Terceira proposta de Capa:



Exploração de ideias para a Capa:






Aula de projecto 5

Devido à greve no metro (ocorrida no dia 15 de Março) não pude assistir a esta aula, no entanto os meus colegas de turma informaram-me que prosseguiram com o desenvolvimento e exploração do conceito através da paginação, colagem, paginação etc.



Aula de tecnologia 5


Nesta aula prosseguimos com a montagem do nosso retrato com imagens de peixes que nos foram proporcionadas pelos professores.
Eu finalizei o meu retrato nesta aula.
Alguns dos alunos começaram a trabalhar no design da capa.

Semana 5

Exploração de gráfica de montagem e trabalhei em várias proposta de paginação.


Montagem:

Propostas de Paginação:



Aula de projecto 6

Continuação da exploração gráfica de ideias.



Aula de tecnologia 6

Conclusão do filme auto-retrato realizado no photoshop.


Semana 6

Nova proposta de paginação:




Aula de Projecto 7

Apresentação.
Continuação do trabalho.

Aula de tecnologia 7

Apresentação da capa e do filme à turma e professores.


Semana 7



















Apresentação

A apresentação do trabalho realizado durante este módulo foi idêntica à do módulo anterior (Audiovisuais), uma vez que também foi realizada através de um powerpoint.
            No dito ficheiro devia constar uma capa introdutória, com o módulo em que actualmente trabalhamos, os professores responsáveis pela disciplina (de projecto e de tecnologias) e nosso nome. No segundo diapositivo devíamos exibir o nosso conceito (de preferência por tópicos para tornar mais fácil a assimilação dos pontos chaves da nossa resposta ao desafio), cabendo-nos a nós a tarefa de explicá-lo de modo a que a turma e os professores entendessem o nosso ponto de vista e se contextualizassem com o trabalho que apresentávamos em seguida.
            No terceiro diapositivo, expus a capa, no seguinte, a poesia visual e no imediato, a montagem; durante a apresentação, comentei o meu trabalho, procurando demonstrar a ligação que este tinha com o conceito desenvolvido.
            Apenas a paginação não tinha a obrigação de ser esclarecida, no entanto, optei por explicá-la, uma vez que senti que, devido a todos os meus conceitos habitualmente se encontrarem ligados pelo mesmo fio condutor de emoções pessoais, estava relacionada com a minha resposta.


Memória descritiva

Desafio
            No âmbito da disciplina de Projecto e Tecnologias foi lançado um desafio, baseado no excerto da obraA Metamorfose” de Franz Kafka, que apresento em seguida:

Tema – O que encontras por detrás de cada porta? - “A Metamorfose” de Franz Kafka
 “(…) Mas na porta do outro lado a irmã lamentava-se, baixinho: «Gregor, não te sentes bem? Precisas de alguma coisa?» Gregor respondeu para ambos os lados «Já vou, já vou!», apurando a pronúncia e fazendo longas pausas entre as palavras, esforçando-se assim por não dar a perceber nada de diferente na voz. O pai voltou, de facto, para o pequeno-almoço, mas a irmã sussurrou: «Gregor, abre a porta, por favor!» Mas Gregor nem pensava em abrir, antes dava graças a Deus por ter ganho nas suas viagens aquele hábito de fechar todas as portas à noite, também em casa. (…)” (“A Metamorfose”, Franz Kafka)

 O desafio consiste em criar um conceito que responda à pergunta “O que encontras por de trás de cada porta?” (sendo as portas, três), desenvolvê-lo (através da pesquisa de imagens, textos, poemas, excertos do livro em questão, etc.) e expressá-lo por meio de uma nova tecnologia: Design de Comunicação, através do trabalho de três vertentes diferentes, pertencentes a essa disciplina, a Capa, para a primeira porta, a Poesia Visual, para a segunda porta e a Montagem, para a terceira e última porta.


A minha resposta

            Como forma de resposta ao desafio lançado, eu escrevi um poema, cujas estrofes foram separadas por temas e divididas em três, cada um dos temas corresponde a uma das portas. Segue-se o poema referido:

Por detrás de cada porta, eu encontrei a verdade
Não a verdade nua e crua
Mas a verdade encantadora,
Disfarçada de feiura.

Porta I

Vestia tules e sedas
De tom claro e embaciado.
Em cada dedo tinha oferendas,
Para dar ao namorado.

Anéis em todos os dedos,
Um por cada engano,
Gozava dos que eram ledos,
Trazendo-lhes o mal profano.

Porta II

Desafiou a mentira,
Sem notória consciência,
Descarregou a sua ira
Envergando a decadência.

Em sua tenra mocidade,
Muitas vezes ouviu dizer:
Não digas sempre a verdade
Às vezes o melhor é esconder
Mas lembrava-se, sem saudade,
De comer à colher,
Os castigos por maldade
De uma mentira qualquer…

Porta III

E agora pergunto-vos eu
Há alguma coisa mais feia
Que a verdade nua e crua?
Que tristezas colhe e semeia
Na noite mais escura,
Que alegrias colhe e semeia
Nos corações de quem se orgulha.
Haverá coisa mais feia
Que a verdade nua e crua?

            Passo à explicação de cada uma das vertentes/portas da minha resposta, começando pela porta inicial, nesta parte do meu conceito falo sobre as verdades modificadas, ou seja, verdades que o ser humano altera por alguma razão.
 A realidade é que nós, pessoas, temos muita tendência para reconstruir a verdade, ainda que ligeiramente, fazemo-lo quase que maquinalmente, por vezes para tornar um facto mais interessante ou para pregar uma partida ou por qualquer outro motivo inocente, desprovido de maldade alguma. No entanto, isso não nega a ocorrência da mentira. Na primeira porta eu quero encontrar uma mentira “nua e crua”, essa mentira feia que toda a gente se recusa a dizer, aquela mentira que diariamente vestimos com os “tules e sedas” mais bonitos e enchemos de “anéis” para disfarçar a sua fealdade, ainda que, em cada um destes actos, esteja implícito um engano.
            Na segunda porta, na sequência do mesmo raciocínio, acima referido, eu procuro representar os adornos que cobrem a verdade e pergunto-me sobre a seriedade e gravidade da mentira, será mentir um acto que deve ser sempre considerado moralmente incorrecto? Condenável, repulsivo e motivo de vergonha e desonra? Penso que é uma dúvida que irá sempre permanecer, tenho-a desde a minha infância, “tenra mocidade”, começou quando os adultos alertavam sempre para a educação e diziam coisas do género: “Não podes dizer essas coisas, que é muito feio e é uma falta de respeito.”, mas essas coisas muito feias eram a verdade, eram aquilo que eu pensava. Não obstante, havia alturas em que as crianças eram castigadas por dizerem mentiras:“Se voltas a dizer uma mentira levas com pimenta na língua!” (daí provém a ideia dos “castigos comidos à colher”), a nossa língua era castigada para não voltar a dizer mais disparates.
Talvez esta analogia seja um bocado ridícula, uma vez que remonta a um passado muito longínquo, em que as mentes eram muito simples e ainda não realizavam, na sua plenitude, o acto de distinguir o “mal” do “bem”, no entanto, é nessa idade que tudo principia, já que a nossa moralidade começa a ser construída desde que nascemos.
            Na terceira porta, apresento uma espécie de conclusão reunida a uma união de todos os meus pensamentos no âmbito deste conceito, em que, tento dar o meu juízo final, face a tudo o que eu considerei e meditei durante o trabalho deste módulo, pois, para mim, desenvolver um conceito não é apenas explorá-lo graficamente, mais que tudo, é preciso compreendê-lo e entender com que necessidade decidimos escolhê-lo e não a outro qualquer. Eu elaborei esta resposta porque era um tema que me fascinava, não só devido às vastas propostas gráficas que me inspirou mas também no campo intelectual: na pesquisa de referenciais, não pretendi encontrar somente trabalhos de outros artistas, procurei por textos de pensadores com diferentes opiniões e conjuguei-as com minha, de maneira a formular uma nova resposta ao problema, de acordo com os meus ideais, pois quando os conceitos se tratam de batalhas que enfrentamos todos os dias no nosso interior, tornam-se a maior fonte de motivação para o desenvolvimento do nosso trabalho.




Conclusão

            Com a realização deste trabalho, assim como nos módulos anteriores, tive a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, não apenas relativos à disciplina de tecnologia, pois progredi nos meus hábitos e formas de trabalho, e também contribuiu para uma evolução no que toca ao entendimento das tarefas que nos são atribuídas para o desenvolvimento do nosso conceito.
            Ao trabalhar o Design de Comunicação (em que a imagem ganhou, mais uma vez, um papel relevante) percebi a sua importância e de que forma afecta o nosso dia-a-dia (a publicidade, consumos, informações, advertências etc.).
            Desenvolvi também capacidades para trabalhar no Photoshop, um programa que, embora me fosse familiar, desconhecia o seu funcionamento. Esta aprendizagem foi realizada de uma forma muito lúdica (através da criação de uma animação em que fiz o meu auto retrato por meio de montagem de vários peixes de formatos e cores diferentes) o que a tornou mais interessante e apelativa.
            No decorrer deste módulo, surgiu a necessidade de fazer uma alteração no meu portefólio que abrangeu as etapas “exploração de ideias”, “selecção e desenvolvimento de uma ideia” e “realização”, essa alteração consiste na forma como as organizei, pois uma vez que, nesta disciplina em específico, a exploração, a selecção e desenvolvimento de ideias e a realização do trabalho propriamente dito se revelaram idênticas na sua forma de confecção, achei por bem enquadrar a primeira e segunda etapa dentro da terceira, ou seja, considerei a exploração, selecção e desenvolvimento de ideias como constituintes da própria realização. Passo a explicar a minha ordem de ideias: durante a exploração de ideias desenvolvi as minhas reflexões relativamente a cada uma das vertentes do conceito, no entanto, algumas das minhas explorações de ideias foram feitas com vista a concepção de um produto final, não considero isso uma facto desconectado do que foi pedido, porque, embora se trate de um produto final, não é o resultado de todo o meu trabalho, já que a ideia que originou esse produto final ainda pode ser desenvolvida, dando depois origem a um resultado com uma maior complexidade, e esta é a justificação do meu raciocínio.
            Novamente, apesar de considerar que a minha forma de trabalho é adequada e revela resultados satisfatórios, penso que esta ainda poderá ser aperfeiçoada, pois pretendo continuar a evoluir.
Considero que o que precisa de ser aperfeiçoado com mais urgência nos meus hábitos de trabalho é a exploração de ideias, pois apresento alguma dificuldade em libertar-me do figurativismo e a partir para uma representação mais abstracta, insisto em manter a simbologia dos meus conceitos ligada a objectos e ideias do quotidiano, ligações essas que embora, por vezes, sugiram um pouco de abstraccionismo e surrealismo (dado o carácter e forma que eu escolho para as representar) continuam exageradamente apegadas à linguagem simbólica e figurativa.